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As organizações vistas como Máquinas – Parte I

Carlos Daniel Romanzini

O capítulo 2 do livro “Imagens da Organização”, de G. MORGAN, apresenta uma metáfora para compreender as organizações através da imagem das máquinas.
Segundo G. MORGAN, “(...) As organizações são planejadas à imagem das máquinas, sendo esperado que os seus empregados se comportem essencialmente como se fossem partes de máquinas.”
Muitos pensadores demonstraram, principalmente após a revolução industrial, onde a utilização das máquinas se tornou mais contundente, que as organizações se adaptaram mais as exigências das máquinas do que as exigências do ser humano, tornando-se cada vez mais parecidas com as próprias máquinas.
Max Webber concluiu que as formas burocráticas rotinizam os processos de administração exatamente como as máquinas rotinizam a produção. No seu trabalho, descobriu que a primeira definição compreensiva de burocracia caracteriza-se como uma forma de organização que enfatiza a precisão, a rapidez, a clareza, a regularidade, a confiabilidade e a eficiência, atingidas através da criação de uma divisão de tarefas fixas, supervisão hierárquica, regras detalhadas e regulamentos. Viu que o enfoque burocrático tinha potencial para rotinizar e mecanizar quase cada aspecto da vida humana, corroendo o espírito humano e a capacidade de ação espontânea.
Isso ocorre porque as pessoas que planejam esses sistemas administrativos acabam por pensar nas organizações de maneira mecanicista e não estão conscientes de outras formas pelas quais essas técnicas poderiam ser utilizadas.
Frederick Taylor gostava de dizer aos trabalhadores: “Não se espera que vocês pensem. Há outras pessoas por perto.” Esta argumentação ajudou a construir uma imagem de vilão que criou a administração científica, mas é importante ressaltar que ele foi parte de uma tendência social mais ampla que envolve a mecanização da vida de forma geral. Entretanto seus princípios de administração científica tornam-se

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