TURISMO E O RESGATE DA CULTURA PATAX

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
PROFESSORA: TERESA MENDONÇA
ALUNO: CARLOS HENRIQUE DA SILVA LOPES
DISCIPLINA: TURISMO E ETNICIDADE

RESENHA: TURISMO E O “RESGATE” DA CULTURA PATAXÓ

O texto é iniciado com o levantamento da problemática e uma preocupação presente nos estudos da antropologia do turismo, a mudança cultural. Essa questão é observada através da interação entre os a população hospedeira e os demais gerada pela atividade turística, que não ocasiona propriamente uma perda da cultura e sim uma mudança. O exemplo utilizado foi o dos índios Pataxó, que viviam no extremo sul da Bahia entre os municípios de Prado e Porto Seguro, que não mantinham muito contato com os “brancos” até meados do século XX. Com a criação do Parque Nacional do Monte Pascoal em 1961, os índios foram proibidos de caçar e fazer algumas outras coisas que estavam acostumados, logo, se encontravam em grandes dificuldades para garantir a própria sobrevivência. Mais tarde, em 1970, 9 anos após a criação do Parque Nacional, era a vez da criação da rodovia BR-101. Observando o estado deplorável que se encontravam os índios, o chefe de posto indígena da FUNAI, mostra a eles peças artesanais confeccionadas por outros tribos e sugeriu que também confeccionassem para a comercialização do artesanato e assim garantir sua subsistência. Com isso, muitas famílias se mudaram para Coroa Vermalha, ao norte de Porto Seguro, buscando no artesanato, uma alternativa econômica para suas vidas. Com a construção e a inauguração da rodovia BR-101 e BR-367 os investimentos no setor do turismo aumentaram substancialmente e com isso, nota se o aumento da poupulação indígena na alta estação, visando usufruir do efeito multiplicador do turismo, comercializando artesanato, já que o turismo se tornou a principal chave de desenvolvimento da região. O turismo se desenvolveu de tal forma, que em 1992 Porto Seguro recebeu mais turistas estrangeiros que a capital baiana e em 1998 foi a sétima cidade