Tropa de elite 2 e o texto três teses equivocadas sobre direitos humanos
INTRODUÇÃO
O filme “Tropa de Elite 2 – o inimigo agora é o outro”, do diretor José Padilha e protagonizado pelo ator Wagner Moura, foi um sucesso de bilheteria e superou o seu antecessor “Tropa de Elite” em muitos aspectos. Trouxe para a discussão outras questões como relacionar violência e política, mídia e poder e, debater direitos humanos.
O texto “Três teses equivocadas sobre direitos humanos” do professor Oscar Vilhena Vieira busca desmistificar as concepções errôneas que a sociedade brasileira foi construindo ao longo do tempo sobre a questão dos direitos humanos.
Relacionar algumas idéias apresentadas no texto referido com algumas questões levantadas no filme é o que se pretende com este trabalho.
DESENVOLVIMENTO
O filme Tropa de Elite 2, segundo alguns críticos, avançou muito nas discussões apresentadas quando ele traz o Capitão Nascimento como alguém mais crítico, mais consciente de seu papel. Mostra, também, a polícia não com uma postura fascista, como alguns a intitularam no “Tropa de Elite”, mas uma polícia que tem nas suas entranhas a corrupção instalada. E aponta um dos grandes inimigos da sociedade, sobretudo, a carioca: as milícias. Outro tema, significativamente, abordado é a questão da defesa dos direitos humanos.
Um personagem novo, o professor Diogo Fraga, inspirado no deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), encarna a defesa dos direitos humanos no filme. A postura do personagem frente à questão suscita alguns questionamentos que podem ser em muito respondido pelo mencionado texto do Professor Vilhena. Quando se projeta a imagem do professor Fraga intermediando negociações em meio a uma rebelião no presídio Bangu I e tentando a sua camisa, que trazia expressão relativa aos direitos humanos, maculada de sangue, no imaginário popular vem a discussão: as pessoas que levantam as bandeiras de defesa dos direitos humanos defendem o crime e também os criminosos? Segundo