Treinamento - ciclico e aciclico
Ao longo dos anos, cientistas e estudiosos do treinamento desportivo buscaram informações e atualizações das tendências do treinamento aplicado aos desportos individuais e cíclicos. Os europeus, americanos e cubanos escreveram, analisaram e publicaram inúmeros métodos de análise e aplicação dos meios de treino para saltadores, velocistas, levantadores de peso, nadadores, maratonistas, entre outros.
Os desportos coletivos, através dos seus atletas, técnicos e preparadores físicos, ainda sem referenciais próprios, eram obrigados a adaptar os treinos de acordo com as informações recebidas dos pesquisadores e seus estudos dos desportos individuais.
Essa adaptação não necessariamente gerava transferência plena à realidade da modalidade específica exigida pelo atleta e pela sua equipe de treinamento. Por inúmeras vezes a informação fornecida pelos estudiosos dos atletas de atletismo ou de natação não ajudava na correta e fiel elaboração dos treinos e sua ideal organização anual de diluição dos exercícios para os desportos coletivos.
Os desportos são diferentes, as demandas motoras e metabólicas impostas para os desportistas de esportes coletivos são diferentes dos esportes individuais.
Por esse panorama ao longo das últimas décadas resultados de análises dos jogos e treinos dos desportos coletivos apareceram na literatura científica. No início todos aproveitaram muito e os treinos dos desportos coletivos perceberam incremento de qualidade e abriram espaço para, cada vez mais, especializar o alto rendimento de cada modalidade de forma distinta.
Contudo, ao analisar com mais cuidado detectou-se que nem todos os esportes coletivos são acíclicos e por inúmeras vezes observamos desportos individuais com a característica acíclica.
A diferença primária dos esportes acíclicos para os cíclicos está na mudança de direção. Os esportes que tem as constantes, inúmeras e sem pré- programadas mudanças de direção como diferencial para o