TRATAMENTO DO LODO
Apesar de não ser o único subproduto gerado por um ETE, o lodo tem uma importância maior por ser um resíduo de difícil disposição e tratamento final. A maior preocupação com esse lodo restringe-se na remoção da sua umidade para se atingir um teor de sólidos de 15% a 40%. É uma operação fundamental para a redução de massa e volume do lodo a ser tratado ou descartado.
Tratamento
As principais etapas do tratamento do lodo são: adensamento, estabilização, desaguamento, higienização e disposição final. A implantação ou não de cada unidade vai depender das características do lodo gerado e do produto final que se queira obter, além dos custos. Os custos representam em torno de 20 a 60% do total gasto com a operação de um ETE. O adensamento e o desaguamento visam principalmente à redução do volume de água e a redução do volume do lodo, respectivamente. Estabilizar o lodo tem por finalidade reduzir a quantidade de patógenos, eliminar os maus odores e inibir, reduzir ou eliminar o potencial de putrefação.
A higienização busca garantir um nível de patogenicidade que, ao ser disposto no solo, o lodo não cause riscos à população nem ao meio ambiente e somente após esse processo é que o lodo estará pronto para ser transportado. O tempo para conclusão da higienização depende do tipo de processo adotado pela unidade de gerenciamento e de sua eficiência, variando de zero, na secagem térmica, a 30/60 dias na caleação.
O processo de caleação consiste em misturar cal virgem (CaO) em proporções que variam em função do peso seco do lodo, de modo a promover o aumento do pH numa reação