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COLETÂNIA DE RESENHAS DE INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO DIREITO DISPONIBILIZADAS NA INTERNET.

Texto 1 – COMPÊNDIO DE INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO DIREITO
Maria Helena Diniz
CAPÍTULO II : Noção preliminar de conhecimento e correlação entre sujeito cognoscente e objeto cognoscível.
Conhecimento, sujeito cognoscente e objeto cognoscível - Ciência é conhecimento.

Conhecer é trazer para o sujeito algo que se põe como objeto; Consiste em levar para a consciência do sujeito cognoscente algo que está fora dele (o objeto); É o ato de pensar um objeto, ou seja, de torná-lo presente à inteligência; É a apreensão intelectual do objeto.

O termo objeto advém do latim ob e jectum, aquilo que se opõe diante de nós. Não importa se o objeto existe ou não, basta que dele se possa pensar e dizer algo.

O conhecimento é o renascimento do objeto conhecido, em novas condições de existência, dentro do sujeito conhecedor; É a tradução cerebral de um objeto. O vocábulo conhecimento decorre de cognasci, significando conascimento.

O conhecimento como uma transferência das propriedades do objeto para o sujeito pensante. Esse renascimento vai alterar de certa maneira o sujeito cognoscente, porque a coisa conhecida será sua parte integrante.

Para Kant, o objeto não é mais do que um produto do sujeito, de sorte que a realidade fica aprisionada às condições em que funcionou o pensamento. Aquilo que o objeto a conhecer é, o é não "em si" mas em relação ao sujeito conhecedor.

Para Maria Helena Diniz, o objeto captado conserva-se heterogêneo em relação ao sujeito, por ser transcendente, pois existe em si, tendo suas propriedades não modificadas pela atividade do sujeito que o quer conhecer.

O sujeito cognoscente tende para o objeto cognoscível. Esta tendência é aintencionalidade do conhecimento, que consiste em sair de si, para objeto, a fim de captá-lo mediante o pensamento.

O sujeito modifica a si mesmo para apossar-se do objeto.

Todo conhecimento envolve três ingredientes: o