Trabalho

Iracema é o símbolo do nativismo romântico brasileiro e foi escrito por José de Alencar. “Nenhum escritor teve em mais alto grau a alma brasileira. E não é só porque houvesse tratado assuntos nossos. Há um modo de ver e de sentir que dá a nota íntima da nacionalidade, independente da face externa das coisas.”, assim se manifestava Machado de Assis a respeito da obra de Alencar.

A narrativa estrutura-se em torno da história do amor de Martim por Iracema. A relação entre eles significa a união entre o branco colonizador e o índio, entre a cultura européia, civilizada, e os valores indígenas, “selvagens” como muitas vezes é dito na obra. Iracema é um grande representante da cultura indígena brasileira. Descreve as aventuras da índia tabajara, que se apaixona pelo guerreiro português Martim, e com ele vai viver no litoral cearense. Os conflitos começam com a chegada de Martim á tribo tabajara, onde o chefe de guerra Irapuã quer matar Martim pelo romance com Iracema, e ao longo do livro vão acontecendo mais, e mais conflitos.
Para quem lê o livro, há uma grande quebra de expectativa no final, quando Iracema morre, deixando assim o filho Moacir e Martim. Mesmo não sendo algo feliz, prende a atenção do leitor ao livro.

O primeiro capítulo antecipa o fim do livro, e reforça a parte em que Martim e Moacir, após a morte de Iracema, deixam a costa do Ceará em uma embarcação, quando o vento lhes traz aos ouvidos o canto da jandaia que chamava o nome de Iracema.
Uma das grandes habilidades de Alencar está em representar o pensamento selvagem por meio de uma linguagem cheia de imagens e de metáforas.
Durante toda a obra, há muitas comparações metafóricas e assim parece que o livro realmente se passa entre indígenas. Além de que são usadas muitas palavras da língua indígena, e assim são elas explicadas em forma de notas nos finais das paginas. O livro é composto de trinta e três pequenos capítulos, e ao longo do livro as ações são mostradas de uma forma bem direta e