Trabalho FH2

6. Com o intuito da análise do processo constituinte, Vianna Lopes faz uso de duas clivagens. Uma chamada de ideológica e a outra institucional. A primeira se dá pelo exame entre as diferenças da esquerda e direita, de acordo com suas posições frente à democracia política e quanto a propriedade privada. A segunda, institucional, trata-se da análise da trajetória política dos parlamentares constituintes, e assim verificar se elas ocorreram em instituições públicas ou privadas. Com isso, o autor busca identificar os acordos e embates que antecederam a formulação da Carta de 88.

7.Embora as divisões ideológicas de esquerda e direita sejam contraditórias, elas são pertinentes à luta política na Constituinte já que, além de expressar a variedade ideológica da época, os próprios membros da Assembleia as tinham como referenciais de seus sistemas de valores, e o mais importante, demarcaram embates significativos do processo político analisado. Assim, visando precisar a orientação dos partidos, Vianna Lopes os alocas segundo o equacionamento de dois temas vinculados aos programas partidários: a democracia política; e a propriedade privada. Logo, a esquerda constituinte caracterizou pela valorização da participação direta e de obrigações sociais como superiores à representação eleitoral e à propriedade privada, de tendências publicistas e nacionalistas, reunida em torno da comissão sistematizadora da Assembleia. A direita constituinte caracterizou por rechaçar participações alternativas ao voto e obrigações sociais à propriedade privada, de tendências privatistas e globalizantes. Porém ambas estiveram ausentes a modalidades ausentes quanto a democracia representativa ou à individualização da propriedade.

8.A ala “sobre-representada” na referida etapa foi o denominado "Centrão", movimento composto por: lideranças constituintes de centro (do PMDB, PTB, PL), opositores às tendências publicistas e nacionalistas; centro direita (do PMDB, PFL, PDS) e direita (do PDS), à