Trabalho de fundamentos 4

3) O aprofundamento da modernização conservadora do país ao longo das décadas de 40, 50, 60 e 70 do século XX, impôs à profissão uma revisão do “Serviço Social tradicional” (PAULO NETTO, 1991) manifestada no chamado “processo de reconceituação” que, com todos os seus limites, teve o mérito de recolocar questões centrais para o Serviço Social: a formação profissional. A reconceituação é um marco na contribuição da ruptura com o tradicionalismo, onde esse movimento questiona as praticas rotineiras,burocráticas,paliativas das metas pré-traçadas desse Serviço Social tradicional.Essa ruptura com o tradicionalismo inscreve-se na luta pela libertação dos países latinos das amarras imperialistas e de transformação da estrutura do capitalismo concentrador,explorador e excludente.

São inegáveis os vínculos conservadores da profissão desde a sua origem, marcada pelo capitalismo na era dos monopólios (PAULO NETTO, 1992)

Sendo assim , não há como negar a contribuição que o “movimento de reconceituação” teve para o amadurecimento do Serviço Social no debate da década de 1980. Por ser um movimento inconcluso por causa da ditadura que obscureceu através da Reconceituação, o debate de 1980 – no âmbito do Congresso da virada, e das lutas dos movimentos sociais da classe trabalhadora, na conjuntura de redemocratização do Brasil – o Serviço Social marca a sua maturidade intelectual e profissional, onde há luta da categoria para a conquista e aprofundamento da democratização da vida social. Nessa conjuntura, há a consolidação do ensino pós-graduação,da produção cientifica,do formato da pesquisa e da articulação da organização sindical do Serviço Social. A década de 1980 no Brasil foi marcada por um novo direcionamento político, e o Serviço Social sendo uma profissão totalmente ligada ás questões inerentes a política, houve também na profissão um redirecionamento de suas próprias ações. O grande