Trabalho de contabilidade analítica ii

Parte I – Os Sistemas de custeio e a sua evolução

O modelo das Secções Homogéneas surgiu após o desenvolvimento conceptual da estrutura organizacional das unidades fabris. Como refere Coelho (s/d), este método “é uma herança lógica da organização industrial da primeira metade do século XX”, em que a maioria das organizações, tanto comerciais como industriais, se encontrava especializada numa única actividade, utilizando uma única técnica. Apesar de apenas se especializarem numa actividade já apresentavam uma complexidade que não permitia que modelo tradicional de Base Única fosse eficaz para responder às necessidades que os gestores sentiam de ter conhecimento da desagregação mais pormenorizada dos custos.
A mesma autora refere ainda que, nesta forma de organização da estrutura produtiva todos os custos eram directos no que diz respeito à criação do valor acrescentado e ao produto porque as empresas tinham, na sua maioria, uma única produção.
Daqui se depreende que se tratava de uma situação pouco estruturada e complexa. Uma realidade que viria a ser posta em cauda com o processo de integração vertical na tentativa de aproveitar os benefícios das económicas de escala.
Os centros de custos são identificados a partir da estrutura da organização. Cada secção deverá agregar as seguintes características:
• Ser responsável pelo controlo dos custos;
• Os custos apurados dizem respeito a funções idênticas;
• Ser possível a identificação de uma unidade de medida de forma a quantificar as funções da secção.
Pretende-se com a criação das secções imputar os custos directos e a afectação dos custos indirectos. Os custos indirectos não são afectados de forma directa aos produtos, primeiro são distribuídos pelas diferentes secções da organização e através da chamada unidade de obra é que são transpostos para os produtos. De acordo com Coelho (s/d), a unidade de obra de cada secção representa uma simplificação e ao mesmo tempo uma aproximação o processo real de