Ticuna
O nome Tikuna parece ser de origem estrangeira; talvez se origine da raiz tupi: “taco-uma”, que quer dizer “homens pintados de preto” ou “peles pretas”. O nome foi lhes dado por seus vizinhos, visto que os Tikuna se pintavam de preto com o suco do genipapo (Genipa americana). Em sua fala diária, os Tikuna se chamam Due’, que significa “gente” ou “povo”.[1] Magüta significa “grupo de pessoas que pesca com vara”.
População: 25.000 no Brasil (2000 SIL), mas a FUNAI (1994) registra 23.000; 8.000 na Colômbia; 8.000 no Peru, de Chimbote até Santo Antônio do Içá, no Brasil.[2] Peru: 4.200 (1988). Colômbia: 4.500 (1988). Em todos os países: 41.000.
Lista Central do Instituto Antropos: Brasil - 32.613; Peru - 4.200; Colômbia - 4.535.
Localização: Antigamente, os Tikuna ocuparam as cabeceiras e os trechos centrais dos rios pequenos à margem esquerda do Rio Solimões, onde entra o Rio Putumayo, a divisa entre Colômbia e Peru, e Rio Içá, no Brasil, de 71° 15? para 68° 40? Oeste.
Hoje, seu território abrange áreas do Peru, Colômbia e Brasil. No Peru, ocupam a região nordeste do Departamento de Loreto, na Província de Maynas. Na Colômbia, os Tikuna habitam no Trapézio Amazônia no Departamento de Amazonas. No Brasil, eles moram no Estado do Amazonas, nos municípios de São Paulo da Olivença, Santo Antônio do Içá, Benjamim Constant, e Fonte Boa.[3] O Mapa de Curt Nimuendaju de 1944 identificou os Tikuna: (1) Entre os rios Amazonas e Solimões, e no Rio Içá, entre Loreta e Santa Rita, incluindo a Área Indígena Eware Tikuna; (2) Na beira direita do Rio Javari /Yavari, portanto, no Brasil, entre San Juan e Atalaia; (3) Na beira direita do Rio Solimões entre Santo Antônio do Içá e a Ilha Timbotuba; (4) Na beira direita do Rio Solimões na A. I. Tikuna do Feijoal.
Língua: Antigamente era considerada parte do grupo Aruak, mas, agora, é considerada uma língua isolada, talvez relacionada com a língua Yuri, que está