thomas morus

OBRA – UTOPIA

Thomas Morus teve uma vasta produção literária. Seu livro mais conhecido e mais importante é chamado Utopia, publicado em 1516 e editado na Basiléia, Suíça, por Erasmo de Roterdã.

A palavra Utopia, utilizada em português e em outras línguas para designar uma sociedade ideal, tem seu significado, em grego, como um lugar que não existe. Thomas Morus retrata uma ilha imaginária, de forma alegórica, permitindo muitas interpretações, uma sociedade perfeita. Alguns acreditam ser uma idealização de Estado, enquanto, outros entendem como uma sátira da Europa no século XVI.

A Utopia de Morus, divide-se em dois livros: o primeiro, de caráter negativo faz a crítica à Inglaterra da época em que o autor vivia, o segundo apresenta uma sociedade que lhe é alternativa. Ambos retratam Rafael Hitlodeu, como uma personalidade fictícia de Morus, o qual narra sua viagem a Utopia, descrevendo a sociedade que viu, não especificando em que oceano se localizava, apenas relata tê-la encontrado em uma de suas viagens com Américo Vespúcio, tendo retornado anos depois. Thomas Morus admirava Platão e tirou a inspiração para Utopia da República, a qual é expressa através de Hitlodeu.

O nome da ilha vem de seu fundador, Utopos, que primeiro se apoderou dela. De acordo com Morus (1993, p.64), esta ilha forma naturalmente uma península que foi conquistada pelo rei Utopos, que acabou dando nome à ilha, que anteriormente era conhecida como Abraxa, e que hoje talvez seja a nação mais civilizada do mundo (...).

A ilha tinha forma de um semicírculo, possuindo uma fortaleza a qual era inacessível para quem não é nativo do local. Existem cinquenta e quatro cidades, na capital, são trinta famílias com quarenta indivíduos cada, dirigidas por um único chefe. Morus preserva a família, levando-a à categoria de educadora, considerando a Ilha como uma grande família, de integral comunhão dos bens.

Nas cidades de Utopia, a população era governada por um príncipe. Os utopianos são