Teste

Minhas pernas enfraqueceram enquanto meus pés tocavam o chão gelado. A sala com pisos de mármore sujos de sangue eram o palco de uma tragédia ou talvez, uma proeza. Senti-me desnorteado; meus olhos fulminaram os corpos caídos ao chão, pálidos e sem vida. Mortos. Minhas pernas tremelicavam numa dança exotérica, forçada, incansável. Sobre meu corpo o controle não mais me pertencia, restando ao acaso as forças que de mim eram arrancadas. Apoiei-me numa das paredes daquela pequena sala, onde a luz não tocava e as trevas reinavam. Aquele cheiro... O cheiro da MORTE! Meus dedos entrelaçaram-se de forma indescritível, onde as unhas raspavam nas paredes imitando o som dos berros a pouco ouvidos.

Por quê? Porque eu fiz isto?
Quem eu sou?

Cada artéria, veia e músculo de meu corpo eram corroídos por um fogo que se alastrava como um raio sobre mim. Aquilo era a dor? Hunf, patético. Shinobis não sentem dor, somos ferramentas, nada mais. A dor é a única maneira de se abster dela mesma, e a partir dali trajei meu caminho. Meus olhos de guilhotina decepavam cada corpo morto, trituravam-nos, Dor e Êxtase mesclavam-se em algo que não acredito ter sentido. Eu não sinto, afinal. Minha respiração ofegante levava-me a crer que aquela seria a minha morte, criada a partir de meu próprio remorso ou dor, se é que isto existe.

Amigos...

Esta palavra é uma ingênua e tola crença shinobi, onde os fracos tentam se agarrar aos fortes para não sofrerem a dor deste magnífico Ciclo de Ódio. É uma maldição, não adianta tentar fugir [...] Quando não se pode contra o inimigo, junte-se a ele, heh! Viva, sinta e aprenda com ela, somente assim você se tornará imune, e então você se tornará um verdadeiro shinobi.

Dez passos a diante, contados, foram o que suportei. Algo me paralisou naquele epicentro, onde acredito que a morte veio me visitar. Meus joelhos tocaram o chão num brusco movimento, alardeado pelos ecos que ousaram aparecer naquele recinto de Glória e Tragédia. Minhas mãos