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Continuamos, aqui, a pintar o quadro geral sobre a historiografia brasileira: seus caminhos, preocupações e discussões desde o período colonial. Ou seja, falamos da Época Colonial, quando não havia uma historiografia e, por isso, optamos por discutir a documentação do período - como os testemunhos dos Jesuítas e as crônicas dos colonizadores, sobre os quais tratamos em especial; tratamos, depois, do surgimento de uma historiografia brasileira no século XIX - IHGB, Vernhagen e Capistrano de Abreu; E hoje prosseguimos no trabalho, tratando dos anos 1930, os anos de Getúlio Vargas.
O Brasil nos anos 1930.

(O presidente ditador - Getúlio Vargas)
Em outubro de 1930, inicia-se a chamada “Era Vargas”. Período que se estenderá por 15 anos e no qual Getúlio Vargas, o presidente ditador, ocupará o centro das atenções no cenário político nacional. Nos anos 30 do século passado, “(...) a história política brasileira foi marcada por forte instabilidade e por vivo debate; a década se inicia com uma ruptura institucional, consagrada desde então como Revolução de 30, terminando sob a égide de uma nova ruptura, a decretação do chamado Estado Novo [em 1937]. (...) A República teve diferentes ordens jurídico-políticas em seu primeiro século e muitas datas constituem-se em marcos (1889, 1891, 1894, 1930, 1937, 1945, 1964, 1985, 1989) que datam as diversas rearticulações que até nossos dias, na prática, ainda excluem uma imensa maioria da população de uma verdadeira participação política (...). Assim, muitas das questões e dos problemas estruturais aparecem ainda como os mesmos e por vezes as mesmas soluções são apontadas: a questão da República, do fim do Liberalismo, da ditadura militar e do desprestígio da política, a questão nacional, (...), a busca de um caráter (depois identidade nacional). Todas essas questões e problemas, nos anos 30, parecem se agrupar em torno da ideia de uma ruptura revolucionária”. (BORGES, Vavy Pacheco. Anos trinta e política: história e