Teosofia
A filosofia da religião volta-se atentamente para o fenômeno religioso, examinando sua racionalidade e suas diferentes formas de realização. Num primeiro momento, a filosofia da religião parte dos dados empíricos, passando a refletir sobre eles com meios filosóficos. Assim examinam-se fenômenos como oração, ritos e a conduta conseqüente que produzem estruturas da linguagem, das vivências e do conhecimento como mística, indagando-se pela dimensão mais profunda daquilo que manifestam. Na Idade Média,Tomás de Aquino aceitou o racionalismo aristotélico, mantendo a síntese entre teologia e filosofia, mas justificou uma separação ulterior entre ambas. Por um lado, defendeu a autonomia do filósofo e, por outro, facilitou o caminho da filosofia à margem do fenômeno religioso, pois, desde a Idade Média, passa a entender-se que somente ao teólogo cabe ocupar-se com a positividade da religião. Essa separação faz-se sentir mais tarde no Iluminismo. O problema central para a filosofia da religião é ter que mover-se entre a fé e a razão. Partindo da primazia da razão,chega-se a títulos desafiantes, como J. G. Fichte Tentativa de crítica de toda a revelação (1792) e F. Kant, A religião dentro dos limites da razão pura (1793). Seria necessário ampliar o próprio conceito de razão, pois o crente não necessita deixar de ser racional, quando adere a uma religião. Quando se dá preferência à é, a filosofia da religião facilmente degenera em teologia. A fenomenologia da religião produziu obras de criatividade indiscutível. Bastaria lembrar aqui os nomes de Rudolf Otto e Max Scheler. Scheler propõe-se esclarecer a essência do religioso, os modos de sua revelação e o ato religioso. Sua abordagem fundamental é a análise internacional do ato religioso dirigido. Deus como fundamento da existência, ou seja, como objeto do próprio ato religioso. Na Alemanha, por exemplo, atualmente, destacam-se três