Teoria narrativa juridica

2833 palavras 12 páginas
Como vimos anteriormente, as peças processuais têm um denominador comum: precisam, em primeiro lugar, narrar os fatos importantes do caso concreto, tendo em vista que o reconhecimento de um direito passa pela análise do fato gerador do conflito e das circunstâncias em que ocorreu. Ainda assim, vale dizer que essa narrativa será imparcial ou parcial, podendo ser tratada como simples ou valorada, a depender da peça que se pretende redigir.
Pode-se entender, portanto, que valorizar ou não palavras e expressões merece atenção acurada, pois poderá influenciar na compreensão e persuasão do auditório.[1] Essa valoração das informações depende dos mecanismos de controle social que influenciam a compreensão do fato jurídico.
É preciso lembrar que são diferentes os objetivos de cada operador do direito; sendo assim, o representante de uma parte envolvida não poderá narrar os fatos de um caso concreto com a mesma versão da parte contrária. Por conta disso, não se poderia dizer que todas as narrativas presentes no discurso jurídico são idênticas no formato e no objetivo, visto que dependem da intencionalidade de cada um. NARRATIVA SIMPLES DOS FATOS NARRATIVA VALORADA DOS FATOS
É uma narrativa sem compromisso de representar qualquer das partes. Deve apresentar todo e qualquer fato importante para a compreensão da lide, de forma imparcial. É uma narrativa marcada pelo compromisso de expor os fatos de acordo com a versão da parte que se representa em juízo. Por essa razão, apresenta o pedido (pretensão da parte autora) e recorre a modalizadores.
Sugerimos iniciar por “trata-se de questão sobre...” Sugerimos iniciar por “Fulano ajuizou ação de ... em face de Beltrano, na qual pleiteia ...” Para o exercício desta semana, recorremos a um trecho de importante romance da literatura jurídica – Em segredo de Justiça[2] – cujo enredo versa sobre o possível assédio sexual praticado por um conhecido advogado carioca contra sua jovem secretária. Sugerimos a leitura do livro.

Relacionados

  • teoria da narrativa juridica
    1132 palavras | 5 páginas
  • Teoria da narrativa juridica
    2299 palavras | 10 páginas
  • TEORIA DA NARRATIVA JURIDICA
    3130 palavras | 13 páginas
  • Teoria Narrativa Jurídica
    383 palavras | 2 páginas
  • Teoria Narrativa Jurídica
    383 palavras | 2 páginas
  • Teoria da narrativa juridica
    302 palavras | 2 páginas
  • Teoria e pratica da narrativa juridica
    1142 palavras | 5 páginas
  • Teoria e narrativa da pratica juridica
    1438 palavras | 6 páginas
  • Teoria e prática da narrativa jurídica
    2490 palavras | 10 páginas
  • Teoria e prática da narrativa jurídica
    1581 palavras | 7 páginas