Teoria do jogos no dia-a-dia das organizações
Cooperação: a Teoria dos Jogos é uma análise matemática de situações que envolvam interesses em conflito a fim de indicar as melhores opções de atuação para que seja atingido o objetivo desejado.
Por Alexandre Bobeda
Todos se cumprimentam, se falam, tomam cafezinhos, almoçam juntos e vivem em uma aparente harmonia. Isso acontece todos os dias e não se trata de um lugar em especial ou de acontecimentos isolados, mas de muitas organizações em qualquer parte. Pode ser onde você está ou onde estou, mas com certa observação é possível perceber que nem tudo vai ser dito, mostrado ou pensado.
Depois de refletir um pouco sobre o que acontece nas empresas atualmente – isto é, há um bom tempo – acredito que muitas das situações pelas quais cada profissional passa em suas jornadas diárias tem suas explicações na já célebre Teoria dos Jogos.
Certamente reflexo da feroz competição que assistimos em qualquer área do conhecimento, um contraponto à liberalização de idéias das correntes humanistas que pregam o compartilhamento do conhecimento quase uma utopia.
A Teoria dos Jogos é uma série de ensaios dentro da Economia que atua sobre expectativas e comportamentos. Sendo mais abrangente, trata da cooperação. É uma análise matemática de situações que envolvam interesses em conflito a fim de indicar as melhores opções de atuação para que seja atingido o objetivo desejado. Sua origem está em jogos conhecidos, como o pôquer e o xadrez, por exemplo, mas o foco é muito mais amplo, relacionando-se a temas da sociologia, economia, política e ciência militar.
Os primeiros textos sobre a Teoria dos Jogos foram criados pelo matemático francês Émile Borel, que lançou as raízes desse estudo. Entretanto, foi o matemático americano John Von Neumann e o austríaco Oskar Morgenstern aqueles que conceberam, por volta da década de 1920, uma teoria matemática (The Theory of Games and Economic Behavior) apurada mesclando economia e organização