Tecnologia, subjetividade e virtualidade: os novos meios de representrar o imaginário

TECNOLOGIA, SUBJETIVIDADE E VIRTUALIDADE:
OS NOVOS MEIOS DE REPRESENTRAR O IMAGINÁRIO

Guilherme Policena de Almeida

RESUMO: Este artigo apresenta um estudo da subjetividade e da virtualidade humana refletidas nas chamadas “novas tecnologias”, surgidas após a Revolução Digital. Como ponto de partida, foram resgatados conceitos dos livros Cibercultura (1999), de Pierre Lévy; e A Sociedade em Rede (1999), de Manuel Castells. O objetivo é relacionar esses conceitos sob uma abordagem moderna, explorando suas consequências no âmbito social e comunicacional.

Palavras-chave: Revolução Digital, subjetividade, virtualidade.

INTRODUÇÃO

A subjetividade e a virtualidade sempre estiveram presentes nas produções culturais humanas. O diálogo não só com o mundo, mas também com a realidade subjetiva do homem, é perceptível desde a linguagem formal para fins de documentação e a coloquial para o cotidiano, até às mais profundas construções míticas e literárias. E qual era a forma de cristalizar essas informações, para que fossem guardadas, transmitidas e apreendidas pela própria e posteriores gerações? Escrita e arte visual, basicamente. Por exemplo, alguém que quisesse vislumbrar o cenário de O Mito da Caverna, não teria outro meio além de sentar-se, ler o texto, recriar a partir de sua própria imaginação aquilo que inicialmente foi pensado por Platão, e por fim, destilar o aprendizado filosófico, que faz referência ao mundo em que vive. Apesar de estar sujeita a deturpações como qualquer processo comunicacional, a escrita representa um grande avanço técnico no âmbito da linguagem em relação à sua “mãe”: a oralidade. Esta forma relativamente primitiva de comunicação sofre de notáveis fragilidades, pois não guarda informações tal como um documento o faz. Primeiramente porque, ao contrário de um livro, que em sua versão original pode perdurar por séculos com suas palavras intocadas, a mente individual é efêmera, e constantemente polui a