Síntese agamenon e seu porqueiro

Síntese: Agamenon e seu porqueiro
O texto Agamenon e seu porqueiro, extraído do livro Pedagogia profana de Jorge Larrosa, discute “o poder da verdade e a verdade do poder”, isto é, de que forma a verdade chega até nós e de que forma ela repercute nas diversas subjetividades, considerando que a verdade não existe, sendo apenas uma produção de enunciados.
Ao falar em lingüística perpassamos pela concepção de linguagem da hermenêutica, que a define como não apenas um sistema convencional de signos para representação da realidade ou para expressão da subjetividade, mas como o modo primário e original de experimentar o mundo. A linguagem é um modo de aparição do ser, e, portanto, o lugar da verdade. A partir dessa idéia o autor defende que “o “ser” da verdade e a força da verdade não tem nada a ver com o “dizer” da verdade, que a verdade é independente de quem a diga e, sobretudo, independente das diferenças entre os homens”. (Larrosa, p.150).
Através de discussões sobre o poder da verdade e a verdade do poder (inseridas num contexto de globalização, informativa e comunicativa) apresenta o princípio de dissolução da realidade de Gianni Vattimo, que se realiza por meio dos aparatos de comunicação de massa (os periódicos, o rádio, o cinema, a televisão, mas também os aparatos culturais e educacionais de massa), determinantes para a produção, reprodução e também para a dissolução disso que chamamos realidade. Encara tal efeito como positivo, pois o ocidente vive uma situação explosiva, uma pluralização que parece irrefreável e que torna impossível conceber o mundo e a história de acordo com pontos de vista unitários. Assim, a realidade é resultado do entrecruzar-se, do contaminar-se das múltiplas imagens, interpretações e reconstruções que competem entre si ou que, de qualquer maneira, sem coordenação central alguma, são distribuídas pela mídia.
Ao associar-se tal fenômeno à teoria de Nietzche, pode-se dizer que o mundo verdadeiro se converteu em fábula: