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A economia da Europa celta baseada-se na agricultura de subsistência, que ocupava provavelmente mais de 90 por cento da população. Era o excedente da produção agrícola dos camponeses, entregue como impostos ou rendas, que no fundo suportava o chefe, a sua elite guerreira e os artífices que trabalhavam para eles. A natureza exata do tipo de agricultura variava de acordo com o meio ambiente. No Noroeste úmido, a criação de gado era principal fonte de riqueza; os cereais eram mais importantes no Sul da Grã-Bretanha, no Norte da Gália e na Espanha; no Sul da Gália, predominava uma economia de agricultura mediterrânica baseada nos cereais, oliveiras e vinhas. Não é para admirar, então, que o Sul da Gália tenha sido uma das primeiras áreas celtas a ser completamente assimilada pelo sistema romano, enquanto outras áreas mais dependentes da criação de gado, como o Norte da Grã-Bretanha e Irlanda, nunca tenham sido conquistadas.
As ovelhas eram criadas em todo o mundo celta pela sua lã e leite e os porcos pela sua carne. A criação de cavalos destinava-se principalmente à guerra, sendo o gado a mais importante força animal. Os animais dos Celtas utilizados na agricultura eram substancialmente menores que os seus atuais descendentes. Variedades de trigo, cevada e aveia, feijão, ervilha e lentilha cultivavam-se em larga escala. O cultivo do linho tinha como finalidade a produção de panos. A paisagem da Europa celta era a de uma agricultura muito mais intensiva do que geralmente se possa calcular. No final da Idade do Ferro, os Celtas usavam arados com partes em ferro e relhas que conseguiam trabalhar os solos mais duros de modo eficiente, sendo provável que a densidade das populações rurais e as suas distribuições, não fossem muito diferentes das do campo da Europa moderna. Havia poucas áreas que fossem genuinamente selvagens e incultas. A maior parte das florestas primitivas que cobriram a Europa depois da Idade do Gelo, tinham sido cortadas ainda antes dos Celtas e as