Sofistas

1 INTRODUÇÃO

No decorrer dos séculos vários pensadores e filósofos contribuíram para a educação com seus pensamentos e teses. A sofística também teve essa contribuição, e como todo o conceito que se tinha de educação no passado, os sofísticos também deixaram seu legado, embora de um lado, o estímulo ao questionamento e a criação de argumentos, como também por outro lado, os extremismos em relação a moral, o direito e a religião. 2 OS SOFISTAS

Os sofistas eram um grupo de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas para estudantes e cobravam-lhes taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se em logos ou discurso e tinha como foco principal estratégias de argumentação.
Protágoras, Górgias e Isócrates estão entre os primeiros sofistas conhecidos, sendo que Protágoras foi o primeiro a aceitar dinheiro pelos seus ensinamentos.
Diversos sofistas começaram a questionar a sabedoria recebida pelos deuses (levando em conta o contexto histórico de que se tratava da mitologia grega), e a supremacia da cultura. Argumentavam, por exemplo que as práticas culturais existiam em função de convenções, e que a moralidade ou imoralidade de um ato não poderia ser julgada fora do contexto cultural em que aquele ocorreu. Tal posição questionadora levou-os a serem perseguidos inclusive pelos filósofos gregos.
A frase “O homem é a medida de todas as coisas.” Surgiu dos ensinamentos sofistas e uma das mais conhecidas doutrinas sofistas é a teoria do contra-argumento. Eles ensinavam que todo e qualquer argumento poderia ser refutado por outro argumento e que a efetividade de um dado argumento residiria na verossimilhança (aparência de verdadeiro mas não necessariamente verdadeiro) perante uma dada plateia.
Os sofistas foram considerados os primeiros advogados do mundo, por cobrar de seus clientes para efetuar suas defesas, devido a sua alta capacidade de argumentação. E foram também considerados por muitos os