sintese de historicidade

A discussão nessa fase pós-modernista é a de que o historiador estaria fora do tempo e provavelmente fora da história, porque na análise do pós-modernismo, é preciso arrastar o historiador para o regime da diferença ou historicidade, diferentemente do historismo que limita a diferença da construção histórica ao passado. Segundo o texto, a dificuldade seria romper com a tradição da construção de uma história baseada em fatos e relatos, mas sim teria que ter um apoio em estudos e estar constituídos em fatos. No caso, Valdei Araújo cita mais uma vez Ankersmit ao dizer que a história do efeito pode ser compreendida como a historicização do sujeito transcendental histórico, e enumera três características básicas para escrita da história pós-moderna que seriam: o questionamento da noção de contexto, a destruição da metáfora-mestra do historismo e o abandono da “ilusão” de profundidade do passado modernista, em favor da superficialidade. Ankersmit tenta mostrar, segundo o texto, através de sua visão pós-modernista a importância da história da historiografia, defendendo uma postura de abandonar a preocupação em decifrar as formas através das quais os historiadores representam a realidade do passado, e dessa forma a preocupação historiográfica seria em cima dos textos e sua aplicabilidade através das diferentes gerações.
Na verdade, Valdei Araújo analisa a dificuldade da História da Historiografia em se tornar uma disciplina autônoma no meio acadêmico, em ambos os textos e no vídeo ele apresenta uma série de relatos de estudioso abordando a dificuldade em se consolidar e isso ocorre também no meio acadêmico. Uma alternativa apresentada por Valdei Araújo é a necessidade que a historiografia tem em demonstrar suas condições de autonomia e procurar uma ampliação do diálogo com outras subdisciplinas da história e outros ramos da historiografia.