Historiador

2398 palavras 10 páginas
Publicado pela primeira vez na França no ano de 2003, e recentemente traduzido no Brasil, o livro Regimes de Historicidade: Presentismo e Experiências do Tempo[1], do historiador francês François Hartog, se apresenta ao público brasileiro carregando consigo a responsabilidade de já ser considerado uma leitura indispensável para os atuais estudos da historiografia. Isso se deve tanto pela sua contribuição em oferecer instrumentos conceituais para uma reflexão sobre as dimensões temporais e os chamados tempos históricos, quanto no que se refere às suas discussões acerca do tempo presente (Nicolazzi, 2010. p.231; Rodrigues & Nicolazzi, 2012. p.352).

Nascido em 1946, François Hartog é professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales em Paris desde a década de 1980, onde ministra seminários de historiografia antiga e moderna (Rodrigues & Nicolazzi, 2012. p.352). A produção acadêmica do autor[2], em boa medida, encontra-se articulada sob o intuito de evidenciar a dimensão temporal que seria inerente não apenas à escrita histórica, mas, também a todas as relações humanas com o tempo. Para Hartog, é central a ideia de que estas relações sejam mediadas pelo que ele chama de regime de historicidade: categoria analítica construída pelo historiador que serviria para caracterizar uma "maneira de engrenar passado, presente e futuro ou de compor um misto das três categorias (...) a maneira como um indivíduo ou uma coletividade se instaura e se desenvolve no tempo" (Hartog, 2013.p.11-13).

O livro Regimes de Historicidade. Presentismo e Experiências do Tempo apresenta uma estrutura bastante clara, dividida em dois eixos temáticos principais: o primeiro, intitulado "Ordem do Tempo 1", apresenta três capítulos nos quais são discutidas, a partir do conceito de regime de historicidade, as relações entre o passado, o presente e o futuro em três estudos de caso específicos.

Em Ilhas da História (primeiro capítulo), François Hartog apresenta as contribuições da

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