Saude do idoso

O envelhecimento demográfico, questão social de grande relevância na transição do século, não pode ser concebido unicamente como um resultado mecânico de modificações demográficas, já que uma população com um grande número de velhos, como a do Brasil, já é por si só um problema social. É recente a discussão sobre o envelhecimento, assim como a conquista de direitos específicos para os idosos, já que há menos de quatro décadas éramos considerados um país de jovens. A construção de conhecimento e a garantia de proteção social e de inclusão da pessoa idosa vem ocorrendo há poucas décadas. No Brasil, os idosos que não conquistaram seus direitos pelo mérito estabelecido pela sociedade, ou seja, através de um trabalho formal que lhes garanta o benefício da Previdência, passaram a depender das políticas públicas, principalmente as de Assistência Social. Foi só a partir da década de 1970, com o redimensionamento desse setor, que o Estado passou a incorporar algumas ações além dos muros dos asilos, visando integrar os idosos na família e na sociedade. Segundo Haddad (1986 as iniciativas do Estado, através da Previdência Social e posteriormente da Assistência, objetivaram diminuir a pressão dos trabalhadores, gerada pela falta de política previdenciária, especialmente para as camadas mais pobres. A partir de 1974, emergiu no cenário brasileiro o Benefício da renda Mensal Vitalícia (extinto em 01/01/1996 pela Lei 8742/93, deixou de ser responsabilidade do INSS e foi transferido para a área de Assistência) e o Programa de Assistência ao Idoso (PAI). O PAI era no início vinculado ao INPS e resultou na formação de Grupos de Convivência direcionados aos idosos segurados pela Previdência Social. Esse programa do Ministério da Previdência e Assistência Social, voltado para pessoas idosas, tinha o intuito de criar condições para sua promoção social. Consistia inicialmente na organização e implementação de grupos de