Rousseau

683 palavras 3 páginas
Faculdade Projeção
Rebeka Joyce Lisboa Rodrigues

Processo de socialização
Teoria de Rousseau

Março- 2015
Brasília
Não há como analisar a figura de Kaspar Hauser sem equipará-la ao bom selvagem que habita as teorias do filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778). Segundo Rousseau, as ciências - apesar de seu contínuo desenvolvimento - constituem um fator de decadência humana, haja vista que o verdadeiro progresso é de ordem moral. Dizer que o homem nasceu bom e a sociedade o corrompeu não basta, até porque seria impossível retornar ao estado pré-social. Não se trata, portanto, de voltar à natureza primitiva, mas fazer a essência triunfar sobre a existência. Neste aspecto, a proposta de Rousseau pode ser resumida na fuga do artificialismo brutal e desnaturado para reingressar na natureza em estado puro. Tal passagem não significa o retorno à natureza primitiva, mas no progresso espiritual e intuitivo capaz de resgatar a verdadeira natureza humana, em que a essência triunfa sobre a existência. "O homem nasceu livre, mas em toda parte está preso a grilhões", adverte o filósofo na abertura de seu "Contrato Social", de 1762. Crítico radical da vida e dos costumes de sua época, Rousseau buscava recuperar os sentimentos mais profundos do espírito humano. Ao se afastar dos estereótipos sociais, seu discurso bem se ajusta à situação de Kaspar Hauser, concretizando teoricamente a ideia da existência de um homem em estado natural, bom, justo, originalmente íntegro e livre das pressões sociais. A narrativa contida no "Discurso sobre a Origem e a Desigualdade dos Homens", no sentido de que o aperfeiçoamento da razão humana deteriorou a espécie, demonstra - a exemplo do que se vê em Kaspar Hauser - que o homem socializado pode se tornar mau. O estado de natureza rousseauniano assume, assim, um sentido normativo referencial em relação a determinados aspectos degenerados do homem. A teoria do "bom selvagem", que possibilitou a idealização do modus vivendi dos povos

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