Resumo Filme “O segredo dos seus olhos”. Uma análise acerca do dilema da impunidade, do “fazer justiça por conta própria”. Direito de vingança. Existe? É ético?

567 palavras 3 páginas
O filme ora comentado, narra um caso muito comum em nossa sociedade, que é o caso da impunidade, o sentimento de impotência diante dos fatos e da máquina estatal que trata de forma desigual os indivíduos, que fala do desvio de poder, bem como da arbitrariedade que encontramos nas mais diversas camadas do nosso sistema politico e judiciário. Podemos afirmar sem medo, que nossa ordem jurídica possui brechas claras, escancaradas que permitem que a impunidade ocorra a olhos nus. Em conversas, ouvimos histórias e mais histórias de absurdos produzidos todos os dias pela arbitrariedade de juízes, pela aplicação distorcida de leis cujo texto é sofrível. As injustiças, as impunidades de que somos testemunhas todos os dias trazem a tona os mais primitivos sentimentos, quer seja o ódio, o desejo de vingança, de matar. No filme, vemos no final uma tentativa de se fazer justiça com as próprias mãos, sendo pautada, na medida do possível, pelas regras que a sociedade impõe. Ao analisar o caso em tela, percebo que não consigo achar a atitude do personagem incorreta, não consigo condená-la. Mesmo conhecendo o ordenamento e a letra fria da lei, não vejo como um juiz conseguiria condenar um homem vitima da maldade humana e que de forma espetacular conseguiu controlar o ímpeto natural de qualquer ser humano (que seria o de matar) para tentar fazer o que a Máquina estatal deveria ter feito. Sabemos que compactuar, aceitar a justiça sendo feita por cada um, admitir o direito de vingança seria retornarmos a era pré-histórica, seria jogarmos fora todo esforço até hoje empreendido pela sociedade para a criação de uma sociedade mais justa, para a civilização. Porém temos consciência que nenhum ordenamento é perfeito, que injustiças sempre ocorrerão, que por mais que se busque oferecer aos indivíduos a melhor prestação jurisdicional possível, tal desejo é apenas um desejo, pois sempre haverá aqueles que não receberão o que lhe era devido, ou mesmo nos depararemos com casos em que

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