Resumo cap 12 angústia e medos

670 palavras 3 páginas
Angústia e Medos

Para se avaliar eficazmente uma coisa é necessário olhar o contexto amplo, a fim de captar seu sentido e lógica. Quando se consegue compreender a relação entre angústia, medos e a perda do medo é possível entender como ele pode se tornar doença.
Em sua obra Ser e Tempo, Martin Heidegger busca retomar de forma mais ampla a questão do ser e o papel da angústia que, para ele, traz uma nova perspectiva sobre as questões do sentido do ser e do nada e, por isso, é a situação fundamental do ser-aí(homem capaz de questionar e compreender o existir).
A angústia caracteriza o ser humano e estabelece estreita relação com o aperto e exposição ao que nos é estranho. Vivemos inevitavelmente angustiados por estarmos em um mundo repleto de coisas que nos são desconhecidas e somos incapazes de prever o futuro e saber o que nos espera. Por isso Hegel coloca que é necessário ao ser humano sentir-se em casa junto a sí, afastado de ameaça e confiando no compreendido para manter-se livre dela.
Ao abordar a angústia dessa maneira o autor diz levar em conta não apenas a antropologia médica, mas a constituição básica da vida. Compreender o sentido existencial da angústia e não só seu sentido real, além de entender como a angústia da vida conduz os medos. O medo, diferentemente da angústia, possui um objeto concreto e, por isso, é mais fácil trabalhá-lo e até superá-lo. Quando falamos em angústia entramos em um universo abstrato e, quando fortemente acometido por ela, o indivíduo necessita de auxílio profissional para conseguir lidar com essa inevitável condição humana.
Heráclito coloca que o milagre da vida consciente está em aceitar a morte. Somos obrigados a aceitá-la, estamos familiarizados com ela mas ainda assim, o saber acerca da morte é a origem da angústia mais primitiva. Não saber o dia da própria morte nos capacita a momentaneamente esquecer dela e viver sem contar com sua chegada, no entando esse esquecimento não é real, nem uma superação da morte.

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