Resenha O pequeno príncipe

O pequeno príncipe

SAINT-EXUPÉRY, Antoine de. O pequeno príncipe. 48. ed. Tradução de Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 2006. 96p.

Em O pequeno príncipe, obra fascinante de Antoine de Saint-Exupéry, o leitor se depara com um mundo de descobertas, questionamentos, ensinamentos, aventuras, encantamentos. Já no início da leitura, ocorre um acidente envolvendo um experiente aviador. Este, ao cair no deserto, surpreende-se com o inusitado encontro com um menino que se aproxima e pede para que lhe faça o desenho de um carneiro. Após alguma insistência, o aviador resolve desenhar o que o garoto desejava e acaba por se encantar pela pureza dele e, mais ainda, por sua capacidade de enxergar as coisas a que os adultos não se permitem ou não dão importância. A partir daí, o menino descrito pelo autor como tendo cabelos dourados – o principezinho - conduz o leitor a um universo cheio de fantasia. A cada linha dos vinte e sete capítulos, somos transportados, de um modo suave e natural, a um universo mágico, e o desejo de caminharmos junto desse menino especial, e de compartilhar com ele cada descoberta aumenta mais e mais. Um dos primeiros fatos interessantes do livro diz respeito à preocupação do principezinho com o seu planeta. Ele diz ao aviador sobre o lugar onde vive, faz saber sobre o tamanho do seu planeta – “pouco maior do que uma casa” – e do perigo de haver um crescimento desordenado dos baobás, o que poderia causar uma verdadeira catástrofe. A narrativa prossegue por um percurso no qual o leitor pode ver através dos olhos de criança, capaz de mostrar de forma contundente algumas das más condutas dos seres humanos. Nosso olhar acaba sendo despertado e a partir das observações apresentadas pelo principezinho somos levados a enxergar a intransigência, a impaciência, os atos absurdos do homem no decorrer dos capítulos, ao longo da viagem que ele faz por diversos planetas. À medida que caminha, o pequeno príncipe não compreende em muitos