Resenha a língua de eulália

Disciplina: Linguística – Profª Beth Assis
Curso: Letras – 4º Período
RESENHA – Livro: A língua de Eulália

A obra de Marcos Bagno, A Língua de Eulália, mostra num contexto pra lá de interessante as diferentes linguagens utilizadas pelas pessoas. Esta linguagem sendo própria, podendo ocorrer de acordo com a característica de um povo, da criação, da faixa etária, nível de instrução, entre outros fatores. O livro conta a história de três estudantes universitárias do curso de Letras, pedagogia e psicologia, que vão passar as férias na chácara da famosa professora Irene. Nesta ocasião as alunas acabam se deparando com os vários conceitos da língua portuguesa que é despertado pela professora, desenvolvendo assim nas três jovens, conhecimentos e curiosidades sobre nossa língua. Tudo começa quando as meninas estranham o modo de falar de Eulália – a empregada e amiga de muitos anos de Irene. As jovens entendem abismadas que palavras pronunciadas erradas, como: “as pranta”, “os broco”, “ arvre”, é apenas uma forma diferente de pronúncia, que não pode ser vista pelos educadores como erradas, mas sim diferente do padrão vigente.
O livro coloca de forma bem coerente as duas vertentes ocorridas em nosso português, o português-padrão (PP) e o português-não-padrão (PNP). O primeiro como explica Irene, seria a norma oficial da língua, o que vemos na literatura, nos meios de comunicação, nas leis e decretos, a que é ensinada na escola, definida pelos dicionários etc. Já o PNP, seria as variedades que ocorre de acordo com as diferentes regiões geográficas, classes sociais, faixa etária, nível de escolarização, que na maior parte das vezes quem fala é as pessoas mais pobres e/ou analfabetos. O PNP é aprendido quase que naturalmente, por imitação, e elimina as regras gramaticais ocorridas no PP, como no caso de Eulália que aprendeu mais tarde a forma padrão, mas que ainda no seu dia-a-dia utiliza sua “língua materna” adquirido em toda sua vivência.
A professora Irene, que