Resenha a capital irradiante parte 3

753 palavras 4 páginas
Em A Capital Irradiante: Técnica, Ritmos e Ritos do Rio, Nicolau Sevcenko, discorre sobre as mudanças vertiginosas ocorridas na passagem do século XIX para o XX e mostra como as gerações que vivenciaram esse período ficaram fortemente marcadas por essas transformações que se deram tanto no âmbito dos cenários como dos comportamentos. Da Belle Époque à era do rádio, o autor discorre sobre novos hábitos que surgem nesse período de mudanças rápidas como não houvera até então. Escovar os dentes, livrar-se da caneta após a tinta acabar, ir ao cinema, lavar a própria louça, tomar refrigerante gelado, jogar futebol e acender o cigarro para a namorada: hábitos comuns ao nossos dias, mas que representava total novidades nesse período e que transcorreram em meio ao contexto social brasileiro de final do Império e início da República Logo no início do capítulo ao citar Artur Helps, “Se você pretende compreender a sua própria história, leia as obras de ficção produzidas nela. As pessoas vestidas de fantasias falam sem travas na língua”, o autor deixa pistas que toma a Literatura como missão histórica. E fazendo uso de crônicas e poesias, Sevcencko nos faz refletir a respeito de como os rituais da modernidade penetravam a sociedade e também a privacidade daqueles homens. A cidade do Rio de Janeiro, ou como Nicolau Sevcenco referiu-se a ela, a Capital irradiante, pulsava em ritmo diferente repleta de novidades que se inauguravam no transcorrer do século XIX para o XX e que abalavam profundamente o dia a dia dos que nela viviam. O advento da luz elétrica, dos veículos automotores, os avanços na área da medicina compreendiam algumas das novidades que possibilitam aos contemporâneos perceber o tempo acelerar de forma como nunca ocorrera antes, convulsionando a capital e seus habitantes. Sobre o impacto das novas tecnologias na produção artística, mostra como as escalas, as potencias e as velocidades envolvidas excedem a possibilidade de percepção:
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