Resenha dos capítulos II, III e IV do livro O que é ciência, afinal de Chalmers.

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Resenha dos capítulos II, III e IV do livro O que é ciência, afinal de Chalmers.

Segundo o indutivista, o conhecimento cientifico parte da observação. O capitulo II, inicia com um questionamento sobre como justificar a indução, para isso, o autor utiliza duas linhas de abordagem: a lógica e a experiência. Os argumentos lógicos são válidos uma vez que se a premissa é verdadeira a conclusão também será verdadeira. Se o princípio da indução possuísse esse caráter ele se justificaria, porém, eles não são argumentos logicamente válidos, o que significa dizer que na indução uma inferência com premissas verdadeiras pode levar a conclusões falsas.
Utilizando como linha de abordagem a experiência poderíamos concluir que a indução funciona em um grande número de ocasiões. Temos como exemplo básico as leis do movimento planetário, derivadas da observação de posições planetárias, usadas para prever a ocorrência de eclipses. Contudo, David Hume demonstrou que essa justificativa é incorreta. Não podemos usar a indução para justificar a indução, uma vez que o tipo de argumento usado para justificá-la é um argumento indutivo. Chegamos, portanto, ao problema da indução que consiste na dificuldade de explicá-la. Além disso, esse princípio sofre de outras deficiências, como a vagueza da exigência de que um grande número de observações seja feito sob uma ampla variedade de circunstâncias. Surgindo perguntas como: Quantas observações constituem um grande número? O que deve ser considerado como uma variação significativa das circunstâncias? Então quais são as bases nas quais um grande número de variações é julgado supérfluo? Respondendo a última pergunta pode-se dizer que as variações significativas distinguem-se das supérfluas quando usamos o conhecimento teórico da situação e dos tipos de mecanismos físicos em vigor, o que levaria ao indutivista admitir que a teoria possui um papel vital antes da observação, e ao admitir isso ele também estaria levando criticas ao indutivismo.

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