Multipolarização
Radicalismo e terror: características da República Jacobina
Maria de Lurdes Mattos Dantas Barbosa*
Resumo: Foram inúmeros, os fatos e acontecimentos que nortearam o contexto histórico da Revolução Francesa e conseqüentemente, o marcante movimento revolucionário dos jacobinos. Este trabalho procura discutir a crise econômica nos últimos anos de 1780 que gerou dificuldades para a economia francesa, atingindo todos os setores, principalmente os pobres da cidade e o campesinato. Procura demonstrar, ainda que, após ter sido constituída a República Jacobina, mas precisamente no ano II (1793), a crise se agravou não só no setor econômico, mas em outros de igual relevância, incitando os conflitos de classe. Onde o ponto crucial para tomada de novas decisões por parte do Comitê de Salvação Pública, foi basicamente à arremetida popular de cinco de setembro que impôs novas medidas revolucionárias. Saint-Just, um membro do Comitê, apresentou relatórios e proferiu discursos contundentes, carregados de poder, paixão e radicalidade, objetivando mudanças drásticas, a serem doravante oferecidas aos adversários; a exemplo do terror e da guilhotina, principais instrumentos coercitivos dos jacobinos. E, por entender que a vitória só viria através do apoio popular, resolveu então atender às reivindicações do povo.
PALAVRAS-CHAVE: Radicalismo, Revolução, Terror.
A República Jacobina foi à fase mais dura: Radicalismo e terror, da Revolução Francesa (1789-1848), sendo ainda hoje um marco inesquecível para todos os países. Sua influência é direta e universal; forneceu o modelo para todos os movimentos revolucionários posteriores. Foi a priori, uma revolução de massa, social e amplamente caracterizada pela radicalidade. A sua peculiaridade, segundo Hobsbawm, se encontra efetivamente sedimentada em uma facção da classe média liberal que decidiu continuar revolucionária mesmo no período posterior a revolução antiburguesa.Entendemos que, a radicalidade