Resenha do filme desmundo

O filme brasileiro Desmundo, de 2003, dirigido por Alain Fresnot, baseado na obra de Ana Miranda, cujo tem o mesmo nome, Desmundo.
Baseia-se em fatos ocorridos no Brasil em 1570, época em que “colonizadores” portugueses tinham o intuito de explorar a “descoberta” e a dominação do povo local, os índios.
Para diminuir a miscigenação entre portugueses (brancos) e índios, muitas órfãs portuguesas foram trazidas para o Brasil com a finalidade de tornarem-se esposas desses portugueses. Constatamos nesses fatos todo o contexto da época, como por exemplo, a religiosidade, a linguagem, a fidelidade, a sexualidade e a obediência aos seus maridos.
Dentre essas órfãs existia Oribela de Corvilhã, personagem principal do filme, muito religiosa, não aceitava se casar com um homem que não amava, quando foi apresentada ao seu primeiro pretendente, Dom Alfonso D’Aragão, cuspindo-lhe no rosto, fez com que ele desistisse do casamento, consequentemente Oribela sofreu um castigo, palmatória, pela sua atitude.
O verdadeiro desejo de Oribela era voltar para Portugal, porém o fato não ocorreu e surgiu-lhe um pretendente, Francisco de Albuquerque, que morava com sua mãe e uma criança com problemas mentais em uma fazenda com mão-de-obra indígena escrava.
Perante a primeira vez q foram consumar a relação sexual, Oribela apela para o marido esperar um pouco mais para se conhecerem melhor e desenvolverem uma relação afetiva.
O marido de Oribela se cansa de esperar pela consumação do ato sexual e a estupra. Oribela se desespera e foge pelo mato, até chegar ao mar, lá encontra alguns homens e pede ajuda para voltar a Portugal. Francisco de Albuquerque percebendo a falta de sua esposa sai para procurá-la e a encontra na praia evitando que fosse estuprada pelos tais homens, matando-os.
Em certas cenas do filme a relação entre Francisco de Albuquerque e sua mãe vai além da relação maternal, percebendo-se com isso que a menina excepcional que vive na fazenda e não vai à cidade, pode ser fruto