Resenha crítica de Os Sertões

1963 palavras 8 páginas
Os Sertões -Euclides da Cunha

Euclides da Cunha publicou, em 1902, a obra pré-modernista Os Sertões (Editora Abril, 1º Edição Digital, 2013). A obra é lançada em um momento pós Guerra dos Canudos, guerra essa que Euclides teve um contato próximo, pois como trabalhava para o jornal O Estado de São Paulo, precisou tomar algumas notas sobre o assunto para publicar como notícia. A obra foi um macro na literatura brasileira por ser um ensaio de interpretação do Brasil, ainda mais quando se trata de um espaço geograficamente não muito valorizado na Bahia (os sertões e caatingas) e um povo que pouco ou nada interfere no desenvolvimento do Estado. Outros pontos relevantes para o sucesso da obra foi o positivismo e erudição ao ratar dos fatos e também o uso da teoria determinista e a criação de teoria, tal como a teoria da miscigenação.
O livro original apresenta 696 páginas e foi dividido em 10 capítulos. Euclides fez uma divisão mais focada para o que queria abordar na obra, dividindo-a em A Terra, O Homem e A Luta. Em A Terra faz uma narração descritiva sobre o clima, as secas, a flora; em O Homem faz uma narração dissertativa sobre a natureza humana, suas características multirraciais, os tipos sociais; e em A Luta faz uma narração sobre a guerra que se deu pelas tropas do Governo Republicano (litoral) contra os fanáticos seguidores de Antônio Conselheiro (sertão), sobre a sociedade urbana versus a sociedade arcaica, conflitos motivados pela pobreza, desfavorecimento e abandono do povo do interior. O vocabulário empregado é mais técnico, o que o afasta da literatura clássica, que é feita de adjetivos em excesso e palavras mais poéticas. Porém, o autor emprega um estilo que se preocupa com a parte poética que contextualiza com o conteúdo, onde, através de construções sintáticas, imita o movimento de entrada no sertão. A narrativa é linear e se dá por narrador oniciente e onipresente, em 3º pessoa. O tempo é cronológico, trata-se de um período histórico. O

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