Relações Precoces
O presente trabalho é sobre a relação estabelecida entre o “eu” e os outros, mais concretamente sobre as relações que são estabelecidas entre o bebé e os que cuidam dele durante os seus primeiros meses de vida. São objetivos deste trabalho caracterizar estas mesmas relações, mostrar a sua importância e o seu impacto na vida do ser humano. Está organizado em 3 partes. Na primeira parte será esclarecido o que é a imaturidade do bebé e as competências da mãe e do bebé necessárias para estabelecer uma relação saudável no início da vida. Na parte 2 optámos por abordar a importância da relação de vinculação. Por fim, na terceira parte, abordámos o impacto que as relações precoces têm no futuro adulto. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com alguns artigos e textos adaptados da internet.
Índice
Eu Com Os Outros – As Relações Precoces Segundo Henri Wallon, o ser humano é um ser biologicamente social. Somos seres biologicamente sociais porque necessitamos de socializar para conseguir obter o bem-estar físico e psicológico. Chegamos até a ser dependentes: precisamos de estar com os outros, de ser aceites e nos sentirmos integrados. Iniciamos o tema “Eu Com Os Outros” com a análise da relação fundadora dos seres humanos.
1. Caracterizar As Relações Precoces Relação precoce é uma relação que tem por base o conjunto de comportamentos (sorrir, chorar, vocalizar, agarrar, gatinhar) que nos primeiros tempos de vida estabelecem a ligação afetiva entre a criança e quem cuida dela. Os cuidados maternos podem ser partilhados, ou mesmo integralmente assumidos, pelo pai. Estas relações são responsáveis pela construção do nosso “eu”, que é formado pelo que pensamos, sentimos e aprendemos.
1.1. Imaturidade do bebé humano
O ser humano nasce imaturo. Ser imaturo significa não ter as competências/capacidades desenvolvidas. Por isso, quando nasce, não está apto a sobreviver por si só e necessita que lhe prestem os