Relatório: “A tensão administrativa: a visão de Guerreiro Ramos”

Relatório: “A tensão administrativa: a visão de Guerreiro Ramos”

O autor Guerreiro Ramos não possui como foco pessoal o estudo do trabalho do administrador através das suas funções dentro da organização mas sim o motivo que este considera meios e fins e também sua essência. Observando a Teoria das Organizações, Ramos explicita a necessidade de mudança em alguns temas desta teoria. Ele também constrói uma crítica em relação ao movimento das Relações Humanas afirmando que apesar dos pontos positivos construídos por esse movimento em relação a ampliação das fronteiras da teoria administrativa, esta perdeu seu valor quando não se virou para os limites da ação administrativa. Guerreiro Ramos recorre aos conceitos weberianos de burocracia para criar a distinção entre os dois tipos de racionalidade. Admitindo a existência dessas duas, o autor tenta compreender a ação organizacional com base na relação entre as duas. Dentro disso ele discute sobre o significado do termo “razão” e afirma que muitos distorcem o conceito-chave e este conceito distorcido é usado para validar a sociedade. Através dessa afirmação ele promove a necessidade de reorganizar o papel da razão pois esta é um conceito básico das ciências e das organizações. Com base nessas considerações ele critica a influência da razão moderna sobre a teoria da organização. Guerreiro diz que ao mesmo tempo que o indivíduo ganhou melhorias materiais em sua vida, ele perdeu o senso pessoal de auto-orientação. Os dois tipos de racionalidade considerados por Ramos, são: ação racional com elação a fins, que contém o conceito de que quando o indivíduo orienta suas ações pensando nas possíveis consequências ele age de forma racional, não agindo assim de modo afetivo nem de modo tradicional; e ação racional com relação a valores, que acontece quando o indivíduo desconsidera as possíveis consequências e age de maneira intuitiva de acordo com mandamentos que ele acredita estar sob sua obrigação. Guerreiro Ramos