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Documentário “OLHOS AZUIS”

O documentário “Olhos Azuis” aborda de forma rigorosa a questão da discriminação e do abalo emocional das pessoas que são afetadas. O vídeo é interessante e ao mesmo tempo instigador, retratando um exercício desenvolvido pela pedagoga Jane Elliott, em que o objetivo era fazer com que as pessoas que não são afetadas pelo preconceito sofram na própria pele as angústias e indiferenças pelo simples fato de possuírem uma característica externa não escolhida por elas, nesse caso as que possuíam olhos azuis.
No início os voluntários são divididos em dois grupos, um de pessoas com olhos azuis e o outro composto de pessoas de olhos castanhos. Os de olhos azuis foram encaminhados para uma sala abafada e sem estrutura, para ficarem fatigados e abalados psicologicamente sendo marcados com marcadores nos pescoços retratando de maneira similar o tratamento dos escravos no período de escravidão, e as pessoas de olhos castanhos foram para outra sala e receberam instruções de como tratar os de olhos azuis. Assim, o grupo de olhos castanhos foi escolhido para ser superior e o de olhos azuis para serem ridicularizados, tendo como critério de distinção apenas a coloração dos olhos, assim como no racismo é a coloração da pele.
Em seguida os dois grupos se juntam numa mesma sala, onde os de olhos azuis foram submetidos a situações de inferioridade pela professora, gerando um estado de estresse e desconforto, fazendo com que eles se sintam frágeis voltando ao estado de “ego-infantil”. Jane durante o workshop se mostra autoritária e arrogante, fazendo com que membros do grupo de olhos azuis chegassem ao "fundo do poço", sendo humilhados.
A execução do exercício foi intercalada pelos depoimentos da própria Jane e de alguns de seus ex-alunos, que provaram esta experiência quando crianças. Em um de seus relatos a professora revela também que apesar de ser branca, foi vítima da discriminação, pelo fato de lutar contra a opressão social e apoiar a igualdade de