Reflexões

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CAMARA DE REFLEXÕES

A Câmara de Reflexões deve ser um local secreto e fúnebre, anexo ao templo maçônico.

Não deve receber luz externa e o silencio deve ser absoluto, o seu interior é todo pintado de preto e cercado de emblemas fúnebres e esotéricos, a sua iluminação deve ser feita apenas por uma vela.

Lá o candidato à iniciação deve permanecer por algum tempo, em recolhimento a meditação, voltando os seus pensamentos à realidade, observando que a vida não é composta apenas de matéria, refletindo que existe um valor espiritual, com obrigações morais e sociais a cumprir.

É uma oportunidade de auto-analise; um exame de sua consciência; uma preparação apropriada e importante para a iniciação em nossos mistérios.

Antes de entrar na câmara de reflexão o candidato é despido de todos os seus metais, parcialmente de suas vestes, e calçará tão somente, um pé de rústica sandália que simbolicamente, significa que o mesmo ingressará na Ordem Maçônica, sem nada possuir.

O Rito que se realiza nesta Caverna é a verdadeira chave da iniciação, pois sombria e adornada com seus símbolos fúnebres, faz com que o novato lembre de sua morte para o mundo profano e que, purificado e regenerado, deverá começar uma nova vida.

O candidato morre para o Mundo Profano para renascer pela iniciação; é o retorno ao ventre materno referido por Jesus, símbolo do renascimento.

Cego pela venda que lhe foi colocada nos olhos, simboliza seus primeiros dias de vida, quando se torna totalmente dependente de tudo, nada sabendo, nada possuindo e não tendo qualquer iniciativa.

A Câmara de Reflexões não deve ser entendida como um lugar tétrico para intimidar ou causar medo ao neófito, se bem aplicada, oferece condições necessárias para o Maçom fazer suas investigações filosóficas e ao questionamento do seu “por que”.

A par da sua rica simbologia, deve ser encarada como um recanto de procura