Racismo
O racismo caracteriza-se pelo preconceito e pela discriminação, baseada na assimilação em que a sociedade faz das diferenças biológicas entre os povos. Aparecem em forma de ações sociais, práticas ou crenças, e ainda em sistemas políticos que consideram que diferentes raças devem ser classificadas como superiores ou inferiores, baseando-se em características, habilidades ou qualidades comuns herdadas. Há entendimento que o racismo é um "preconceito aliado ao poder", uma vez que sem apoio de poderes políticos ou econômicos, o preconceito não seria capaz de manifestar-se como um fenômeno cultural, institucional ou social generalizado. Alguns críticos do termo afirmam que ele é aplicado diferencialmente, com foco em preconceitos que partem de brancos e de formas em que definem meras observações de eventuais diferenças entre as raças como racismo.
Segundo a Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial das Organização das Nações Unidas (ONU), não há de se falar em diferenças entre os termos "discriminação racial" e "discriminação étnica", considerando que a superioridade baseada em diferenças raciais é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa, além de não haver justificação para a discriminação racial, em teoria ou na prática, em qualquer lugar do mundo.
1- A História do Racismo
O termo racismo originou-se do latim ratio, que significa espécie, categoria, sorte, e no início do século XVII tal palavra foi utilizada com o sentido de assinalar as diferenças físicas existentes entre as pessoas.
Com isso, a análise da diferença entre os homens passou a ser de modo racial, fazendo com que cientistas da época defendessem a ideia de que havia a existência de raças consideradas superiores e inferiores. A partir do século XVIII, as distinções raciais se limitavam à cor de pele, separando os seres humanos entre raças negra, branca e amarela.
No século XIX, a