Racionalismo dogmático

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O racionalismo dogmático, ou teoria kelseniana, é a expressão máxima do estrito positivismo jurídico, é uma repercussão ideológica de sua época, é uma conseqüência da decadência do mundo capitalista-liberal, marcada pela Primeira Guerra Mundial.
Segundo Machado Neto e Legaz Lacambra, essa teoria que Hans Kelsen propôs devia reconhecer a existência de ordens jurídicas de conteúdo político, diverso do conteúdo liberal social-democrático.
Ou seja, essa teoria pura nasce, portanto, como uma crítica das concepções dominantes na época sobre os problemas do direito público e da teoria do Estado.
(Para explicar melhor sobre o assunto):
Desde a segunda metade do século XIX o jurista aderia ao sociologismo, por meio de induções experimentais, submetendo o direito a diversas metodologias empíricas (ou seja, se fundamentava nas experiências) da psicológica, a histórica, a sociológica, etc. Ou seja, o cientista do direito não tinha domínio da ciência, levando a ciência jurídica à ruína, ao tomar empréstimos dessas metodologias. Sendo assim, Kelsen reagiu contra a situação, observou que o direito é especifico, e não seria certo transportar essas metodologias para a ciência jurídica. Entendendo assim que o jurista deveria investigar o direito através de seus próprios processos de estudo, e isso só seria possível se houvesse a pureza metódica.
Kelsen então, submeteu a ciência do direito a uma dupla depuração, retirando de seu âmbito a análise de aspectos fáticos e valorativos, em busca da pureza metódica para a ciência jurídica. Para fazer essa depuração, Kelsen se utilizou do dualismo neokantiano do “ser” e do “dever ser”, sendo este a expressão da normatividade do direito, objeto da investigação jurídica. Assim, a ciência do direito seria puramente normativa.
O ser (que se localiza no mundo ôntico, isto é, dos fatos, revelando aquilo a que se pode chamar de fontes jurídicas materiais) e o dever-ser (que se localiza no mundo deôntico, isto é, das normas, revelando aquilo

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