Qual é o problema? KANITZ (2005)

Qual é o problema? KANITZ (2005)

“Nossos alunos estão sendo levados a uma falsa consciência, o mito de que todas as questões do mundo já foram formuladas e solucionadas” (KANITZ, 2005).
Desde o inicio da nossa vida escolar, somos ensinados a responder as perguntas que nos são feitas. E o nosso conhecimento é medido, erroneamente, pelo número de problemas que sabemos as respostas. Costuma-se rotular um estudante pela sua nota na prova. O aluno que consegue atingir a nota máxima no seu exame é o melhor. Contudo, o lecionando mais completo é aquele que, antes de tudo, percebe onde estão suas dúvidas e procura tira-las. As duvidas nada mais são do que questões que não tem solução naquele momento, e posteriormente, depois de serem esclarecidas, vão agregar-se ao nosso conhecimento. Por outro lado, facilmente podemos achar casos de alunos que estudam somente interrogações. Sendo as mesmas, propostas pelo professor antes das provas. Dessa forma, o estudo não se completa. E o conteúdo, comumente, é esquecido ao longo do tempo.
Portanto, concluí-se que quanto mais indagações um indivíduo tiver, e que a vontade do mesmo em soluciona-las seja proporcional à primeira, mais culto ele vai ser. O ato de procurar sempre por assuntos novos, expandir os nossos conhecimentos, correlacioná-los, buscar novas maneiras de se ver o que já foi criado, vai nos ajudar a formular as nossas próprias perguntas e a elevar cada vez mais o nosso entendimento.

BIBLIOGRAFIA:
KANITZ, Shephen. Qual é o problema? Revista Veja. Ano 38, nº 13, p. 18, 30 de março de 2005. Disponível em http://www.kanitz.com.br/veja/problema.asp.