Qual é a origem do crime?

Violência, tráfico, furtos, homicídios, crimes contra a sociedade, contra a propriedade privada e contra a vida estão se tornando cada vez mais comuns, e não é raro depararmo-nos com relatos de uma ou outra vítima, não apenas dos infratores, mas também da impunidade e da ausência do Estado. O crime tem se mostrado algoz da sociedade brasileira, fruto colhido ao fustigo de uma juventude vulnerável, e não é de hoje que essa discussão toma pauta no nosso cotidiano. De acordo com esse senário, monta-se em torno do tema uma polêmica quanto à redução da maioridade penal. Seria possível enxergar essa medida como um instrumento suficientemente capaz de conter a violência? Ou simplesmente tal providência seria suficiente para erradicar a raiz do problema e solucioná-lo em definitivo?
Para entendermos essas questões, faz-se necessário apreendermos quais são as causas da violência, para então determo-nos as conclusões cabíveis. Sabemos que não nascemos violentos e que as pessoas são moldadas a partir de uma estrutura social cuja vivência condiciona o indivíduo a determinadas tendências e comportamentos – desse modo, apreendemos que, por exemplo, quem nasce em uma tribo indígena na Amazônia tem uma tendência natural à harmonia com a natureza e lhe é comum comportar-se de acordo com os padrões de sua cultura; do mesmo, modo podemos observar que quem nasce em São Paulo, naturalmente absorve as peculiaridades da metrópole e o seu comportamento será condizente com essa sua cultura metropolitana – e, por conseguinte, quem vive em um ambiente muito deficitário está submetido a valores torpes, densos de práticas subvertidas e pouco salutares, passível a se tornar adverso à própria estrutura social.
O crime tem uma relação intrínseca com a exclusão e com a marginalidade. De acordo com levantamento do Instituto Avante Brasil, divulgado em maio de 2013, destacam-se como países mais violentos do mundo: Honduras (América Central), El Salvado (América Central), Costa do Marfim