psicologia

488 palavras 2 páginas
Certo dia, um casal branco de classe média alta da zona nobre da zona sul do Rio de Janeiro foi ao cinema, no final da tarde e início da noite. No cinema, diante de uma grande fila de entrada, viram um menino negro de aproximadamente 7 anos circulando sozinho próximo da bilheteria. O homem pegou uma nota de dez reais e deu ao menino numa atitude de oferecimento de ?esmola?. O pai do menino que estava a alguns metros se aproximou do senhor branco que havia dado a ?esmola? e perguntou por que motivo o menino precisaria daquele dinheiro já que o mesmo (pai o menino) era delegado e tinha uma remuneração que não necessitava de ?esmola? para seu filho. O delegado (pai do menino) também questionou se o oferecimento de dinheiro seria uma atitude preconceituosa diante da cor da pele da criança. O homem que ofereceu o dinheiro disse que não, complementou dizendo que daria os dez reais se a criança. Não existiam, pois, diferenças étnicas, nos níveis de desenvolvimento econômico ou educacional, nem mesmo de atividade profissional entre esses sujeitos, mas, mesmo assim, os habitantes da zona 2, chamada por eles próprios de ?aldeia?, negavam-se a manter contato com os recém-chegados da zona 3, o ?loteamento?, exatamente pelo fato de serem recém-chegados, de serem outsiders na terra daqueles estabelecidos.
(...)
Insta salientar que, a princípio, o objetivo dos autores da obra era desvendar o porquê da significativa diferença nos índices de atos infracionais praticados em cada zona da cidade. Entretanto, eles abandonaram tal tarefa ao se darem conta de que todas as características que emanavam daquela organização social decorriam de sua forma de configuração, do modo como aquela sociedade se organizava, sendo esta a base da análise configuracional por eles proposta.
Fica evidente, na obra, que a maior coesão entre os membros das zonas habitacionais 1 e 2 facultava a exclusão e a estigmatização dos membros da zona 3.
Nesse diapasão, os autores chamam a atenção

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