Psicologia
GLEICIANE DE FATIMA MARTINS VIEIRA
GRADUANDA EM PSICOLOGIA PELA FACULDADE TECNOLÓGICA INTENSIVA DO CEARA
EMAIL: gleicianedefatimamv@yahoo.com.br
RESUMO
O presente artigo visa estabelecer um diálogo entre a Psicologia e Religião fim de compreender quais as suas especificidades, bem como suas semelhanças e diferenças de atuação. O que distingue uma atuação da outra, além da formação profissional? Será possível estabelecer uma ponte entre Psicologia e Religião, onde cada uma respeite os contornos da outra? São perguntas que surgem ao relacionar psicologia e religião em sua totalidade. O texto ainda inclui as visões de Carl Jung e Sigmund Freud sobre religião.
Palavras – chave: Psicologia, religião, fé
INTRODUÇÃO
Psicologia e religião, ambos visam construir uma relação de ajuda, com o intuito de auxiliar o aconselhando a superar dificuldades existenciais; contudo há um fator diferencial básico: na relação de ajuda espiritual, a revitalização do fluxo do existir da pessoa passa necessariamente por uma busca de intimidade com Deus. No aconselhamento psicológico, a pessoa busca compreender sua existência, atribuindo-lhe sentido. O sentido último de sua vida pode ou não abarcar a figura de Deus.
O indivíduo que busca pela ajuda de um padre-conselheiro, por exemplo, está ciente de que todos os seus problemas e dificuldades serão compreendidos a partir dos ensinamentos de Jesus Cristo e da doutrina católica. O psicólogo, por sua vez, procura resgatar a liberdade e responsabilidade da pessoa humana, evitando julgamentos éticos e morais. Esta é uma das características do aconselhamento psicológico que o distingue das demais relações de ajuda. O padre pode julgar os comportamentos do aconselhando como anormais, imorais ou anti-éticos, à luz dos valores cristãos. Visto que os psicólogos que trabalham com o aconselhamento numa visão existencial-humanista, espera-se que a compreensão das atitudes do cliente seja margeada pela