Psicologia
COMUNIDADES TERAPEUTICAS QUANTO A SUA REINSERÇÃO SOCIAL1
RESUMO: O uso de crack vem ganhando destaque na mídia por ser um fenômeno surgido a pouco mais de vinte anos e já se configura como uma epidemia no Brasil.
O grande número de usuários de crack representa um problema de saúde pública, comprometendo relações familiares, profissionais e relacionais destes. Esse estudo investigou as perspectivas dos usuários de crack quanto a sua reinserção social. A amostra foi composta por dez dependentes químicos do sexo masculino com idades entre 19 e 37 anos, internados em comunidades terapêuticas em processo de ressocialização. Foram utilizadas entrevistas semiestruturadas gravadas, transcritas e analisadas através da Análise de Conteúdo. Os principais resultados mostram que estudar, trabalhar com dependência química e corresponder às expectativas da família aparecem como principais objetivos desse período de readaptação. Outras preocupações bastante enfatizadas referem-se a resgatar e conseguir aceitação da família, fazer novas amizades e se afastar das antigas (parceiros de uso). Quanto à vida profissional, a maioria cita trabalhar com recuperação como uma possibilidade.
Entre as estratégias de reinserção foram citadas trabalho comunitário, buscar Deus e Igreja, frequentar ambientes saudáveis. Quanto às ações frente à fissura, citaram ligar e/ou conversar com amigos. Esses resultados indicam que são vários aspectos que cercam a reinserção social do dependente de crack. Acredita-se que esse trabalho possa auxiliar em termos sociais, pois aponta diversos fatores que cercam a recuperação de dependentes químicos. Esse conhecimento é relevante para que possam ser desenvolvidas novas técnicas para auxiliar na fase de recuperação. Palavras-chave: Crack, Comunidade Terapêutica, Reinserção Social. INTRODUÇÃO
A dependência química caracteriza-se como um