psicologia experimental

2943 palavras 12 páginas
A CONSTRUÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO CONCEITO DE INFÂNCIA

Até a idade medieval o sentimento de cuidado e apreço pela infância, que corresponde à consciência da particularidade de seu mundo, diferenciando-a do adulto, ainda não existia, o que não significa que fossem negligenciadas, abandonadas ou desprezadas.
As taxas de mortalidade dos pequeninos era absurdamente elevada, o que contribuía para certo desapego na relação com os que estavam a sua volta. O filicídio também era extremamente comum, sendo praticado mesmo até durante a noite, enquanto a criança dormia na cama dos pais.

Perdi dois ou três filhos, não sem tristeza, mas sem desespero. (Montaigne)

Nesta época, se faziam varias crianças para conservar algumas Antes que eles te possam causar muitos problemas, tu terás perdido a metade, e quem sabe, todos. (Carta de uma mulher a outra que acabara de perder uma filha)

Na própria Antiguidade, crianças que nasciam com algum indício de deficiência eram abandonadas na floresta ou jogadas despenhadeiro abaixo.
Lembremos que no próprio mito de Édipo, Laio é levado a abandonar seu filho para que este morresse e a profecia do oráculo não se cumprisse.
Até a Idade Média, tão logo a criança tivesse condições de cuidar-se sozinha, sem a mãe ou a ama, superando o período de alto nível de mortalidade, em que a sobrevivência era improvável, ingressava no mundo dos adultos e não se diferenciava mais destes. Cumpre ressaltar aqui que, deste grupo de adultos, faziam parte muitos jovens de pouca idade e outras crianças mais velhas, visto que a média de vida da população era ainda bastante reduzida. A partir de então a criança passava a fazer parte de jogos, brincadeiras, profissões e armas compartilhados pelos maiores, que em termos de idade mental portavam-se de forma muito pueril.

1. A Descoberta da Infância:

Durante

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