Psicologia cientifica e o senso comum
Tendo em vista a necessidade de conhecer, compreender e explicar a realidade é que os humanos se utilizam de formas distintas de conhecimento, que vão desde as empíricas, aquelas baseadas nos costumes, vivências e crenças de um determinado grupo social até as de cunho científico. Portanto, o presente trabalho visa traçar um paralelo entre o conhecimento do senso comum e o discurso científico a fim de elucidar como cada uma é percebida, ressaltando suas especificidades, importância no meio de interação do homem com o mundo e principalmente enfatizar a relevância de ambos no processo de construção do conhecimento.
Cotidianamente, o homem encontra respostas para determinados fenômenos, tais respostas baseadas em costumes, crenças e conhecimento popular têm o objetivo de entender e atuar sobre a realidade vivida. Trata-se do Senso comum, tipo de conhecimento caracterizado por certa superficialidade, uma vez que, é adquirido de forma espontânea, fruto de observações e experimentos de uma prática social e histórica que busca explicações para a vida, sem mais questionamentos acerca deste, isto é, sem um olhar crítico o que ocasiona uma aceitação sobre o fenômeno.
No campo da Psicologia, o senso comum iniciou-se como uma tentativa de revelar o psiquismo, as relações sociais, bem como as emoções que foram feitas de maneira assistemática, haja vista que a produção de saber estava num contexto de características culturais pertencentes a um determinado grupo, compostas por mitos, lendas e tradições atrelado à crença em explicações mágicas e religiosas, porém desprovida de metodologia específica de investigação, o que configura tal conhecimento como não pertencente à ciência.
Logo, senso comum pode ser definido como conhecimento adquirido e acumulado pelo homem ao longo dos tempos, de forma empírica e natural, baseado nas experiências cotidianas sem a preocupação com o rigor e avaliação científica do fato. É repassado de geração em geração de forma