Pré Natal

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1 INTRODUÇÃO

Durante grande período, nas famílias da sociedade ocidental, coube especialmente à mulher o cuidado e a educação infantil no âmbito da reprodução, por sua vez, o homem era tido como provedor, não participando da criação dos filhos, muito menos dos trabalhos domésticos, sendo que seu mundo era externo a casa, ou seja, o mundo público de produção econômica. (CHECHI e HILLESHEIM,
2008). Assim, as tarefas das mulheres dentro de uma família eram representadas por símbolos que indicam sensibilidade, fragilidade e cuidado.
Tais concepções, nos dias atuais, ainda são permeadas por questões de gênero, onde cabe ao feminino cuidar do lar, do companheiro e dos filhos. Essa realidade traz para a mulher uma sobrecarga de funções sob o ponto de vista público e privado. O não cumprimento das atribuições delegadas a ela tende a desencadear sentimento de culpa por não desempenhar a contento seus papéis de mãe, esposa e profissional da sociedade. (SILVA, et al., 2010).
A gravidez é um tempo de transformações intensas e mudanças físicas e emocionais na vida do casal, sendo uma fase em que a mulher precisa de apoio de todas as pessoas à sua volta, principalmente do seu companheiro, que também deve ser incentivado a compartilhar toda assistência. Por isso o pai poderá entrar nesse processo como um facilitador do vínculo estabelecido entre a mãe e o bebê, compartilhando tais mudanças muito antes do nascimento (MOTTA e CREPALDI,
2005).
A Organização Mundial de Saúde (BRASIL, 2005), enfatiza que o cuidado na atenção pré-natal, perinatal e puerperal deve estar centrada nas famílias e ser dirigido para as necessidades não só da mulher e seu filho, mas do casal; preconizando uma assistência global, em que a família é alvo do cuidado e do preparo. Para obtenção de bons resultados da gestação, é primordial que se tenha uma assistência pré-natal satisfatória, almejando, a construção da saúde familiar, recomendado na atenção primária, com a