Professor

A leitura do texto artístico – Evelina Hoisel
Fichamento
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A leitura tem por base a questão da decifração/interpretação. Toda leitura forma, informa e deforma o material primitivo que tem por objetivo decodificar/decifrar para atingir o sentido.
A função da leitura é estancar e disseminar as significações de um texto.
Todo leitor traduz de um código para o outro
Consiste em decodificar/codificar o tecido textual
Texto é qualquer discurso, qualquer melhor significante.
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A malha de significantes tende sempre a se regenerar, a tecer novos fios. Assim é com o dramático.
Qualquer pessoa que se interesse em literatura é um leitor em potencial desses textos.
Mas com o texto, o leitor pode ser um inventor, um outro produtor de textos.
Explorar os vazios do texto.
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Como interprete, o diretor não procede apenas a uma ilustração do texto literário. A ele compete ativar as virtualidades do texto dramático, preencher os vazios existentes, recortar os seus espaços, disseminar os significados latentes.
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Benedetto Croce: a teoria da comicidade da arte, a sua capacidade para representar o universal e poder ser lida em qualquer tempo.
Humberto Eco: capacidade geradora de leituras e de expansão para o universal.
As duas características centrais da mensagem estética – autoreflexibilidade e ambigüidade – geradas pelo caráter intencional de sua elaboração.
Na mensagem estética, a intencionalidade tem um caráter especifico porque não se refere apenas ao que se quer comunicar, mas à maneira de comunicar. Coloca em tensão conteúdo e forma.
p.12
O tema básico de toda mensagem estética é a capacidade infinita de renovação da linguagem.
A autoreflexibilidade explica-se por esse movimento incessante da arte voltar-se para aquilo que toma como veículo de comunicação: a linguagem.
Falar de ambigüidade é falar de polissemia, imprevisibilidade e abertura. Ocorre porque a mensagem estética desordena um sistema pré-estabelecido e já assimilado pelo receptor e