Problemas psíquicos na mulher moderna – ensaio sobre a psicologia feminina

1875 palavras 8 páginas
Problemas Psíquicos na Mulher Moderna – Ensaio sobre a Psicologia Feminina
Por: Sheila Drumond

Quando Jung postulou a existência de uma alma masculina na mulher e uma alma feminina no homem não pensou que isso, através dos anos, repercutiria numa nova perspectiva psicológica baseada nos gêneros. Há uma enorme diferença, no que tange a estrutura interna, entre as almas do homem e da mulher, a que Jung denominou Animus para a mulher e Anima para o homem. Como o presente artigo dirige-se tão somente à psicologia feminina, os problemas de Anima serão citados apenas a título de diferenciação entre os problemas psíquicos modernos relacionados aos gêneros.
Emma Jung pronunciou os desenvolvimentos do Animus da mulher através de uma analogia do trabalho intitulado Fausto, de Goethe. Fausto, na famosa peça, se indaga sobre a criação pronunciada nos evangelhos segundo João, em que diz: “No princípio, era o verbo”. Por que primeiro o verbo? Antes do verbo “no princípio, era a força” depois, “no princípio era o ato” para depois o “verbo” ter “sentido” no princípio. Ora, essas quatro expressões revela o logos grego, representam a quintessência masculina, pois esses quatro princípios são uma sequencia de graus, bem como anúncio das suas figuras representantes durante o desenvolvimento anímico durante a vida de uma mulher. É fato que a consciência é um fator de pré-requisito para que os princípios possam ser representados.
Os problemas anímicos dos primeiros graus de desenvolvimento não são os mais comuns. Isso porque a psique feminina já conseguiu assimilar as formas mais primitivas da masculinidade. A força física e a ação, tipicamente projetadas na figura do herói, já encontra sua atuação de forma harmoniosa da mulher, dando à sua personalidade coragem, energia, tornando-a ativa e enérgica. Quando essa integração não dá certo, ou seja, quando não ocorre de maneira adequada, acontece que a postura masculina sufoca e reprime a feminina, formando a “mulher-homem” (que

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